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O CINEMA PODE SER REGIONAL?

fonte: voo audiovisual



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Astrogildo e a Astronave | Dir: Edson Bastos
Ano: 2016
Duração: 18min

Sinopse: Astrogildo anuncia para jornalistas do mundo inteiro que o seu mais novo invento, uma Astronave que liga o homem à Deus, vai voar dentro de um dia. Com a ajuda de Finício, um menino que sonha em conhecer seu pai, que foi para o céu com a ajuda de um avião, Astrogildo terá de enfrentar seus medos para conseguir voar.
Realização: Voo Audiovisual
Elenco: Antonio Fábio e Davi Lisboa
Participação especial: Daniela Galdino
Roteiro, Direção e Produção Executiva: Edson Bastos




 UM NOVO CINEMA NOVO.

Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão foi assim que o cineasta Glauber Rocha, baiano, nascido em Vitória da Conquista, constituiu uma estética audiovisual que marca a cara da Bahia e conquista o mundo. Transgressor e mentor do Cinema Novo, Glauber, nos seus curtas e longas metragens, retratou com veemência a cultura baiana, como também criticou e denunciou o sistema político do nosso Estado. O caráter criativo e autoral dos seus filmes rendeu ao cineasta o prêmio em Cannes pelo longa O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro. Mas foi pelo filme Deus e o Diabo na Terra do Sol que o cineasta obteve reconhecimento.

Hoje, trinta anos após a sua morte, o cinema na Bahia passa por novas transformações estéticas e reacende o audiovisual para além do Cinema Novo constituindo, nesse sentido, um Novo Cinema Novo. O curso de Comunicação (rádio e Tv) da Uesc e os outros que incentivam o ingresso de estudantes a fazer cinema na Bahia têm fomentado a cultura do vídeo e, como consequência, novos cineastas e documentaristas tem surgido para agregar valor histórico da nossa terra para o Brasil.

O cineclube, com entrada franca em Ilhéus no Cine Santa Clara e Itabuna no Zélia Lessa, a Mostra Universitária Sul Americana ( MUSA) e o Festival de Cinema baiano (FECIBA) retratam o que essa galera jovem e ousada tem produzido no região. Isto acontece no momento propício cuja tendência é a descentralização e interiorização da produção.

Em comemoração ao mês do Cinema, a revista Bahia Life foi a campo para pesquisar quem são os promotores dessa efervescência cinematográfica na região e descobriu que o eixo que se estende de Ipiaú a Ilhéus possui brilhantes cineastas e documentaristas que estão causando frisson nos principais festivais do Brasil e do mundo. Além de premiada, essa galera jovem que apresentaremos na matéria, carrega em si um sentimento de pertença aos valores que aqui cultivamos e busca, através de projetos que incentivam a cultura, promoverem o Cinema Regional em toda a esfera da sociedade.

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fonte: google
Um cineasta baiano, natural de Ipiaú, que carrega em seus filmes a essência dos ipiaúenses, e os personagens únicos que vivem e viveram na cidade. Ele é graduado em Comunicação Social com habilitação em Cinema e Vídeo pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Salvador e é especialista em Audiovisual pela Uesc. Edson dirigiu curtas premiados como Veras (Menção Honrosa no XII Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 05 minutos) e Jeep (melhor videoclipe do Festival Cidade Filmada promovido pela UFBA), além do curta de grande repercussão, Joelma (selecionado pelo edital de Cultura LGBT do Governo do Estado da Bahia e premiado como Melhor curta-metragem eleito pelo público no Festival Mix Brasil de 2011), que fala da vida de um transexual, baseado em uma história real.

Para Edson Bastos, o cenário do cinema na região é bastante positivo e só tende a melhorar, pois cada vez mais há o investimento público na área. Ele completa: Muitos filmes estão sendo filmados por baianos e na Bahia. Muitos estão circulando pelo mundo com seus filmes, ganhando diversos prêmios em festivais importantes do Brasil.


Ipiauense, formado em comunicação na Uesc e integrante do Voo Audiovisual, retrata o cenário baiano consolidado em sua cidade e afirma: Porque sou daqui. Sou baiano. Sou ipiauense. Acho que o simples fato de ser já interfere […] e acho legal poder contar histórias dentro do contexto que eu vivi e vivo. É nessa necessidade de filmar as histórias que ouvia ou vivenciava que ele contará no seu próximo curta chamado O Filme de Carlinhos que mostrará a sua fase de criança quando criava histórias e tentava filmá-las com os amigos na rua.




Atualmente produziu o curta O Velho e os Três Meninos, um produto bastante reflexivo, voltado à realidade das crianças baianas relatando a perda precoce dos pais pela violência nas ruas, seus sonhos e desejos que todas as crianças têm.

Como diretor artístico do Voo Audiovisual, Henrique fala das contribuições que a empresa oferece aos mais variados gostos dos amantes de cinema baiano quanto ao gênero, o Voo Audiovisual abordando diversos temas, Segundo Henrique, você não assiste a um puro entretenimento. Você reflete sobre sexualidades, infância, literatura de nossa região, história de nossa cidade, etc.

Henrique é bastante positivo com o futuro do cinema na região, primeiro, devido à crescente demanda na produção, segundo, a qualidade está gradativamente elevada e terceiro, está ficando mais diversificada quanto ao gênero, abordando temas que na realidade baiana ainda são tabu: a sexualidade e a homossexualidade.

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+: http://www.bahiamag.com.br/?pg=noticia&id=38 

    http://edsonbastos.blogspot.com.br/


" vá ao cinema velho!"

ângela frança de brito. salvador-bahia-brasil, 30/04/2016