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ARQUITETURA E URBANISMO ATUAL DE SALVADOR: ÊXITO E DESVENTURAS


fonte: fernando peixoto arquiteto blogspot




"RIO URBANO: REVITALIZÁ-LO OU SEPULTÁ-LO?

Um dos valores das cidades europeias são os rios que as deram origem e vida. Não apenas os grandes rios, como o Tévere, o Sena, ou o Tejo, mas também os pequenos – como disse Fernando Pessoa, “o Tejo não é mais belo que o rio que passa na minha aldeia”. Infelizmente entre nós os rios urbanos se transformaram em cloacas e verdadeiros flagelos pelas inundações e mau cheiro que provocam, não só em Salvador, como em São Paulo ou no trágico vale do Itajaí.
Se isto não ocorre na Europa é porque a partir do século XVIII aqueles rios foram domados com grandes obras hidráulicas, como diques, eclusas, comportas e aquedutos e a criação de redes independentes de esgotos, o que permitiu perenizá-los, regularizar o seu fluxo e manter a qualidade de suas águas, que jorram em belas fontes como em Roma.
Mas muitos desses rios estavam mortos há 30 anos, devido a um modelo de desenvolvimento predador. A luta das populações locais teve como resposta políticas consistentes que permitiram reverter esta tendência e torná-los novamente balneáveis e povoados de peixes. Ao invés de seguir estes exemplos, nossos administradores caminham na contramão, querendo que os nossos rios entrem literalmente pelo cano.  
Na expansão urbana do além-Camurugipe abandonou-se o modelo bem sucedido das avenidas drenantes de vale, para permitir o espontaneismo demagógico do caminho de rato, transformando o chamado Miolo de Salvador, uma área estratégica da cidade, em um favelão, que chega até o fundo dos vales.
Para piorar, se construiu na década de 70 a mole da Paralela, que represou praticamente todos os rios que deságuam na orla atlântica. No ultimo inverno, uma das áreas mais inundadas da cidade foi a Av. Jorge Amado.
professor e arquiteto paulo ormindo - fonte: site participa salvador
Para resolver este cenário gótico, a prefeitura imagina ingenuamente tamponar os nossos rios e jogar o cisco debaixo do tapete com o aval de uma classe média desinformada. Canalizar os rios só irá piorar a situação, pois reduz a seção de sua calha, inviabiliza sua limpeza e a existência de vida, provocando mais inundação e contaminação de nossa baía e praias, além de criar um nicho inexpugnável para roedores, baratas e lacraus. Como interage esta política com o Baía Azul? (...)". +: http://jeitobaiano.atarde.uol.com.br/?tag=cidade-da-bahia&paged=14


"(...) Paulo Ormindo faz breve análise sobre o PDDU de Salvador


Conversamos com o arquiteto e professor da Ufba, Paulo Ormindo, sobre alguns aspectos do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador, que se encontra atualmente tramitando na Câmara Municipal de Salvador. Doutor pela Universidade de Roma e especialista em Geografia Urbana Universidade de Wisconsin (EUA), o professor critica a ênfase que o projeto de lei do Executivo dá para o aumento do potencial construtivo, principalmente em áreas como a orla atlântica e os bairros históricos, além da falta de dados mais atualizados que baseiem os estudos do Plano. Paulo Ormindo também defende que a Câmara convoque todos os setores que ainda não foram ouvidos para debaterem o PDDU. Confira a entrevista:
Participa Salvador – Em artigo publicado no dia 22 de novembro, no jornal A Tarde, você diz que no PDDU vemos uma tônica muito voltada aos aspectos físicos – citando em especial o gerenciamento da orla da cidade – e nada sobre seu uso social. E que para a recuperação do Centro Histórico, o Plano deveria enfocar no incremento do seu “valor de uso” e não de troca, chamando atenção também para um risco de verticalização dessa área. Podemos dizer que temos um PDDU que mais uma vez privilegia o mercado imobiliário e compromete o princípio constitucional da função social da propriedade?
Paulo Ormindo – Este PDDU, os anteriores e de outras cidades brasileiras só vêm como mola da recuperação de áreas degradadas o aumento do potencial construtivo. As experiências mais exitosas neste sentido enfatizam a infraestrutura viária e cultural. Os exemplos mais eloquentes são colombianos: Medelín e Bogotá. Não basta colocar funiculares como imitou o Rio de Janeiro sem os equipamentos culturais que foram feitos em meio a favela na Colômbia: bibliotecas, teatros, quadras de esportes etc. Por falta disto os resultados no Rio são pífios. A violência voltou na Maré, no Alemão etc. Nova York, que já tem uma excelente infraestrutura viária, instalou nessas áreas bibliotecas que que funcionam 24 horas por dia e seus vizinhos trocam a coca e a cola por outro vicio menos deletério, a navegação na internet. A única coisa acertada que o desastrado ex-prefeito João Henrique fez em Salvador foi incentivar a instalação de faculdades e call center no Comércio. Esta mesma lógica imobiliária inspira o governo do estado em transferir a rodoviária e outros equipamentos públicos para o a fronteira do município para entregar o Detran, a Rodoviária e a sede do Desenbanco à especulação imobiliária. Estações de trem e de ônibus em todo o mundo ficam no centro da cidade. Cada ônibus que chegará àquela estação se transformará em 40 táxis para congestionar mais a cidade. (...)". +: http://participasalvador.com.br/2015/12/22/entrevista-paulo-ormindo-faz-breve-analise-sobre-o-pddu-de-salvador/
fonte: correio 24 horas



fonte: correio 24 horas




Palestra do Arquiteto Fernando Peixoto - IGHB




Fernando Peixoto cria projetos que se comunicam com a cidade

"(...). “Nem discuto. Se não fosse, teria feito só o primeiro. E não tantos outros”, lembra. Sobre a arquitetura atual da capital baiana, no entanto, não poupa críticas. “Salvador tem personalidade, mas hoje a arquitetura da capital baiana paulistou”, reclama. “Como pode uma cidade com essa luminosidade ter prédios todo envidraçados. Não é nada sustentável”, diz. (...)". +:  http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/imoveis-fernando-peixoto-cria-projetos-que-se-comunicam-com-a-cidade/

fonte: fernando peixoto weebly

fonte: site fernando peixoto





















ângela frança de brito. salvador-bahia-brasil. 02/01/2016



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"crônicas de são salvador da bahia no século xii"
por: ângela frança de brito