SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES

ultimamente, nas ruas de salvador ouvem-se comentários do tipo: "que saudade de acm!". podem-se ver carros com adesivos que transcrevem dizeres semelhantes...

ainda não sei bem com interpretar essa saudade do senador antonio carlos magalhães, afinal, cada pessoa baiana, sente a saudade que bem quiser e da forma que bem lhe aprouver! mas, me faz refletir sobre o assunto, e falar desse político-partidário baiano, de uma forma interessante, pois se trata da preservação do nosso patrimônio cultural, e sobre a amiga arte!

em 1973, o então governador da bahia antonio carlos magalhães, em disputa com o governo de pernambuco, adquiriu o acervo sacro, pertencente ao pernambucano abelardo rodrigues, e em 1980, por decreto estadual, criou o então museu de arte sacra abelardo rodrigues, localizado no solar do ferrão, centro histórico de salvador, o qual, foi inaugurado em 05 de novembro de 1981.

o acervo desse museu tem peças dos séculos xvii ao xix, peças barrocas, representativas do labor artístico do brasil, europa e oriente. talvez, se o então governador da bahia, antonio carlos magalhães, não o tivesse adquirido, esse acervo já tivesse se perdido, se não sob a ação do tempo, com a falta de conservação, tivesse se perdido nos mais díspares países estrangeiros, nas coleções particulares, de pessoas, as quais, muitas vezes não conhecem arte, e sequer imaginam o valor da preservação do patrimônio cultural de onde quer que seja.

quando vejo na atualidade o patrimônio cultural da bahia 'apodrecendo' e se perdendo, na falta de visão cultural, histórica e coletiva do que são os bens pertencentes ao povo da bahia, e não a um político-partidário de qualquer legenda, me faz analisar que: o senador antonio carlos magalhães foi um esteta, e um homem de visão, pois, pensou no que acresentaria à bahia como um todo, ao adquirir o acervo do pernambucano , e criar um museu com seu nome em nossa terra, e não simplesmente em inserir, à pulso, seu  próprio nome na história, pois, sabemos que é o tempo que se encarrega de retirar ou colocar os nomes no espaço-tempo coletivo de um povo. até mais! ângela frança de brito. ssa-ba, 09/11/2010