"HORA DO CONTO": AFRODITE A MORTE E A FESTA


AFRODITE A MORTE E A FESTA

Por: Ângela França de Brito

 

            Era quinta-feira. Do alto do Bonfim, os sons faziam-se presentes desde muito cedo. Cerca de 04:30’h, já escutavam-se o burburinho em torno da Igreja. Sempre, na segunda quinta-feira do mês de janeiro, depois do dia dos Santos Reis, acontecia a Lavagem do Bonfim. Isso há mais de duzentos anos...  Como então ter “direito” a morrer nesse dia de festa? Mas, na sexta casa, à esquerda de quem sobe a ladeira que conduz à Colina Sagrada, na Rua Afonso Barbuda, estava Afrodite, junto ao caixão de sua mãe, sentindo-se uma pessoa solitária e má.
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also english, también en español. ângela frança de brito, ssa-ba, 23/01/2013