se contar mais detalhes, acabarei "delatando" o principal mistério dessa história, portanto, volto a mim mesma, e "desvendo": a arte que vi no filme está nas cores, principalmente azul e vermelha, quase sempre cercada pela sombra e luz miraculosas, nitidamente, utilizadas para servir ao cenário de coisas não reveladas, que deu o tom ao filme... vi arte, na música em tom menor, lamuriosa, que acompanha e mostra todo drama envolvido na questão. no rock, "step on inside" da banda vietnam, forte, sexy, e sugestivo. vi humanidade, pois o suspense voga sobre dramas de fracassos, inveja, sexualidade ora idealizada, ora reprimida, compaixão e amor.
"eu sei quem me matou", não agradou à crítica, inclusive foi amplamente indicado ao prêmio "framboesa de ouro", teve nove indicações, e dessas, foi "agraciado" com oito premiações. creio que não "descobriram", se o filme é terror, suspense, ou, somente uma "porcaria" mesmo.
o filme é um drama com suspense, pois, o tom de mistério, está em todos os gêneros, inclusive na comédia... um filme "fácil", com muitos clichês, talvez por esse motivo tenha desagradado. agradou a mim.
estava elaborando, mentalmente, esse texto, há dois dias, e o faço, em nome de pessoas que recriam arte, e têm poucas chances de mostrar seus trabalhos. mais ainda, de sequer inseri-los no chamado "mercado das artes". várias dessas pessoas, passam a utilizar-se de espaços online para registrar seu modo de vida ao mundo e, em muitos momentos, recebem críticas atrozes sobre seu fazer artístico, muitas vezes de pessoas que, técnica e metodologicamente, pouco ou nada entendem das artes. dentre essas pessoas, vários "mercadores", que estão aí tão somente para atender a dados grupos. essas pessoas querem é dinheiro! nós também queremos! mas, quem recria arte, quer muito mais do que isso...
em uma cena de "eu sei quem me matou", um personagem diz à protagonista machucada: "(...) mantenha o braço acima do coração (...)", gostei da cena, pois nos exibe o poder da intuição, que, em momentos cruciais, auxiliam o raciocínio. o que faz desse texto, não ser uma crítica, a nada! nem ao filme, nem aos mercadores das artes, nem aos críticos de cinema. é para dizer a quem recria a arte, mesmo que não consigam se manter economicamente, se continuarem a querê-la como modo de vida, prazer, e realização: mantenham-na "acima do coração". ângela frança de brito. ssa-ba, 03/06/2013