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3a. BIENAL DA BAHIA 2014 - PROJETO INTERESSANTE...






 
museu de arte moderna da bahia - fotografias


ângela frança de brito


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ângela frança de brito

 



ângela frança de brito


 



ângela frança de brito




projeto terceira bienal da bahia 2014 - fragmento
 
 
 
 
IV – 3a Bienal da Bahia
 
As circunstâncias políticas e culturais (nacionais e internacionais) nas duas décadas do surgimento desses projetos de bienais no Brasil – anos 1950 e 1960 – podem servir como uma das chaves de   entendimento para essas duas narrativas, circunscrevendo suas potências e seus processos de esgotamento.
 
Para esse projeto curatorial, o retorno da Bienal da Bahia em 2014 (após um intervalo de 45 anos) significa um trabalho de dever da memória não apenas em relação a artistas, intelectuais, público e todos os demais agentes envolvidos nas duas primeiras edições. Trata-se, sobretudo, de um dever de memória em relação às intenções do projeto original: ter um papel emissor a fim de estabelecer um campo alternativo, um contra-discurso apto a criar, fomentar e estabelecer vias alternativas para a pesquisa, propostas, ações educativas e políticas relacionais no campo de arte que existam em toda sua potência, sem a necessidade de serem dependentes da legitimação de outros centros nacionais e internacionais. Em busca dessa coerência conceitual, esse projeto propõe uma 3a Bienal da Bahia, e não uma 1a, que abandonasse sua própria história.
 
Mas esse projeto curatorial entende também a necessidade de atualizar as intenções originais das duas primeiras edições a partir do momento histórico brasileiro e mundial agora; um contexto no qual os próprios conceitos de centro e periferia se encontram em um processo de redefinição. Não há um “centro” como nas décadas passadas, mas diferentes narrativas que se integram ou se opõem aos então discursos dominantes na história da arte e da cultura em escala local, nacional e universal. Por isso, agora, uma Bienal Internacional, mas ainda a partir do olhar baiano e brasileiro. A perspectiva temática dessa proposta curatorial, e da mesma forma as estruturas pensadas para sua realização, se inserem na tentativa de reconstrução das ideias e ideais das primeiras bienais da Bahia e a atualização vigorosa desses mesmos processos. Assim, nessa relação entre as exigências da Bienal da Bahia em sua origem e agora em seu retorno, nesse encontro e diálogo, o que se mantém como ponto central e comum é o desejo e a busca por uma metanoia. Isto é, uma radical mudança de perspectiva, uma alteração mental que provoca um novo entendimento da realidade. Entrar um processo de metamorfose interior para que o exterior se altere. (fonte: bahiamam.org).      ângela frança de brito. ssa-ba, 14/09/2013