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O RETORNO: CRIAÇÃO, ADAPTAÇÃO E, OU, RECICLAGEM DE MOBILIÁRIO

  

tá bom! na falta do que fazer, vamos lá!.

há muitos anos atrás, brito (o pai), criou essa cadeira abaixo. obviamente, originalmente foi finalizada com um belo verniz, anos depois, brito (o pai), resolveu pintar o móvel, com uma cor mais tradicionalmente condizente com uma cor para cadeira, no entanto, dias atrás resolvi acabar com "isso", e repintei com um pigmento para madeira e metal à base de água. produto bom. eis o resultado.

brito (o pai)
esse móvel foi criado de forma que seu eixo não causa possíveis danos, é um objeto seguro. o travejamento dessa cadeira é externo, totalmente, e simplesmente não desequilibra. não vou mostrar porque é criação única e original.

 

        



 

 

 

 

 

 

eis que a quantidade do pigmento verde é basta, o que fazer então, a não ser tacar tinta verde no móvel para quarto criado por brito, meu pai?

outrora esse móvel também estava recoberto com um pigmento "adequado", porquanto, o "bicho-carpinteiro" (ou, 'carapinteiro' como falam alguns), que habita em mim resolveu aproveitar o fragor "ecológico" que me fustiga e, taquei o verde novamente.

brito, meu pai, sempre foi um homem independente. criou um móvel que atendesse suas necessidades de ter às mãos coisas as quais pudessem lhe permitir saborear um petisco em seu próprio canto de descanso e criação musical, (instrumentista), literário, e demais, sem precisar se abalar de seu espaço sagrado. dessa forma, criou um móvel multiuso (fragmento abaixo), confeccionado com madeira de lei e metal. 

brito (o pai) -  móvel multiuso (fragmento)
 

não pintei o metal pois descaracterizaria a ideia inicial do autor, tampouco mostrarei o objeto inteiro, porque, assim como a cadeira é uma criação original e única. durmam com isso!



ângela frança de brito

 


 

 

o banquinho mosaico, o fiz com a orientação e auxílio de brito (o pai), fazem muitos,  muitos anos. 
 
abaixo pode ser vista a borda sobreposta por brito (o pai), com encaixe perfeito. coisa que na época, talvez, nem agora, não conseguiria fazer. brito sempre foi 'jeitoso', eu não.


como se não fosse suficiente, após anos de uso do objeto,  resolvi recobri-lo com uma camada de massa similar ao
estuque, e ficou boa. fiz uma  textura rústica,  com degradê entre preto e os cinzas, quase marmorizado. 

mas, há poucas semanas de novo o "bichinho-carapinteiro" me possuiu, e taquei-lhe azul. essa cor e tonalidade, surgiu quando quis aproveitar o resto de pigmento que usei para compor o lilás das prateleiras (oh! very peri, maldito!!).

ângela frança de brito

observem a aparência desse móvel, como ficou "esfiapada", arrepiada, deve-se à aplicação da massa há  anos atrás. confesso que não ficou muito bom não!.


como resultado do intempestivo mosaico no tampo do banquinho, o peso adicional criou um certo "desequilíbrio ao objeto. não, não existe risco de sentar e cair, entretanto, ao ser derrubado, o móvel, antes levíssimo, cai pesadamente, e o mosaico , digamos, 'parte' como no período paleolítico. coisa pré-histórica...

desde então, venho guardando as pedrinhas. quem sabe algum dia possa refazê-lo de novo...


 

ângela frança de brito. salvador-bahia-brasil, 28/06/2023