Dois de Julho de 2025: 202 Anos da Independência do Brasil na Bahia


                                                                                                            

imagem da heroína maria quitéria - livro a. risério




RISÉRIO, Antonio. A Guerra da Independência. Salvador:. Editora Omar G.. 2000.


Motivações Para a Guerra: “Os brasileiros sentiram-se sempre pouco confortáveis com a

fonte da  imagem: livro antonio risério

maneira pela qual seu país nasceu para a vida autônoma. Para um povo com o gosto tão agudo da cenografia, ela tinha de parecer frustrante. Comentou um historiador. (…) referindo-se a figuras como D. Pedro I e José de Bonifácio. “ (…), [realização da nossa Independência] não produziu figras ou episódios exaltantes, como Bolívar ou San Martin, Ayacucho e a travessia dos Andes. Em seu lugar, tivemos um playboy cheio de rompantes, mais interessado pelos segredos de alcova, (…), e um paulista soturno encarnecido no serviço da Coroa, (…). Essas palavras, escritas por Evaldo Cabral de Mello, são sem dúvida irretocáveis, desde que se faça a ressalva indispensável: ela não se aplicam a todo o Brasil. Sabem disso os baianos. (pp. 235-6)..

 

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Opressão e Recolonização:A política portuguesa se concentrava na manipulação dos grandiosos ideias de liberdade – para, sob essa capa vistosa, nos conferir apenas, como bem disse Oliveira Lima “um simulacro de autonomia”. A fim de recolocar o Brasil em trilhos coloniais, propunha-se o fechamento de nosso comércio com a Inglaterra, a desmontagem da estrutura político-administrativa aqui estabeecida por D. Jõao VI, o esvaziamento do Rio de Janeiro como poder central, em subordinação direta das províncias à Lisboa. (pp. 238)

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Permanência das Tropas Portuguesas na Bahia: A Bahia, a essa altura, achava-se em

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tumulto aberto. Em guerra. A 22 de junho, o priíncipe escrevia à D. Jõao VI: “O Madeira [de Mello] na Bahia tem feito tiranias, mas eu vou já pô-lo fora, ou por bem, ou a força de miséria, fome, e mortes feitas de todo modo possível para salvar a inocente Bahia”. Mas as “tiranias” continuaram – e a revolta cresceu. Antes de 7 de setembro, aliás, a situação crítica baiana era até mesmo usada como exemplo para as demais províncias brasileiras, contribuindo então para a aglutinação de forças em torno do priíncipe , e em consequência, para o fortalecimento da opção pela monarquia. (…). Oliveira Lima escreveu: “... a condição da Bahia, reflexo da política das Cortes servia de salutar espantalho contra a anarquia em que podia cair todo o Brasil... (.pp.240).

 


 heroína maria quitéria - livro a. risério

Ataques das Tropas Portuguesas: (…). O historiador Luís Henrique relata: “No dia 19 de fevereiro, ainda muito cedo (6:30 da manhã), soaram disparos para todos os lados do Forte de São Pedro. Horas depois , ocorriam choques entre soldados brasileiros e portuguesses na Mercês, no Rosário e na Praça da Piedade. (…). Com a queda do Forte de são Pedro e a cidade ocupada pelas tropas de Madeira de Mello, começou a revoada brasileira para o Recôncavo. Militares e civis deixavam a Cidade da Bahia, por terra e por mar. (.pp. 241).

 

 

Persistência de Madeira: Madeira não se intimidou. Resolveu lançar a sorte numa ofensiva contra os brasileiros acampados em Pirajá. Seu objetivo era, finalmente, furar o bloqueio adversário. Contava para isso, com a sua querida Legião Constitucional Lusitana. E o certo é que, naquele dia os portugueses surpreenderam as forças brasileiras. (pp. 244). 

 

Vitória Inusitada. Corneteiro Lopes: A certa altura eram cerca de 2.000 portugueses contra

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pouco mais de 1.200 nacionais. Barros Falcão, comandante brasileiro, viu que as coisas estavam realmente feias. Ordenou, então, a retirada. Mas o Corneteiro Lopes, por razões nunca esclarecidas (ainda hoje não sabemos se ele era incompetente, desastrado, insubmisso, videne, fanático, ou maluco), tocou : “cavalaria avançar e degolar”. (...). Os brasileiros foram em cima deles na base da baioneta e do sabre. E o que pintava como uma derrota converteu-se, por artes do Santo Deus Imprevisto, numa perseguição aos portugueses em fuga, espavoridos para as bandas da Lapinha. (pp. 245).

 

fonte da  imagem: livro antonio risério

 

Nasceu o 2 de Julho de 1823: (…). Restava ao Exército Pacificador. Àquela multidão de milhares de brasileiros descalços e maltrapilhos, fazer a sua entrada triunfal na Cidade de Salvador da Bahia de Todos os Santos. E foi o que se fez – sob aplausos, pétalas e palmas. (pp. 246).

 

 

 

 

RISÉRIO, A.. Uma História da Cidade da Bahia: A Guerra da Independência. Salvador:. Editora Omar G., pp.236-246. 2000.


Ângela França de Brito – 2 de Julho de 2025 – Informação É Cidadania.

salvador-bahia-brasil. 02/07/2025

 

 

 

ângela frança de brito - fotografia - 2023. 200 anos da independência do brasil na bahia



â.f.b. ,fotografia 2 de julho de 2023