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teatro castro alves - ângela frança de brito, 2013 |
"A
PRIMAVERA É SUJA!
(OU,
O CASO DO Sr. CASTOR)
Por:
Ângela França de Brito
Morei por muitos anos nos arredores. Porém,
somente anos depois, vim saber que, a bonita praça com um bonito índio,
guardava o nome da data mais importante da Bahia: “Praça Dois de Julho”.
A Praça ficava no centro do Campo Grande,
Tornou-se uma espécie de rotatória, pois, os automóveis tinham que circundá-la,
para chegar ao Canela, e, a outros
bairros da Cidade de Salvador.
Era mesmo bela, a Praça. Com seu alto monumento
ao Dois de Julho, que, mesclava o classicismo das estátuas, ao tema moderno,
pois, a Independência da Bahia, logrou êxito em 1823, já na Modernidade. As
sombras acolhedoras das árvores centenárias ajudavam a refrescar as transeuntes
cansadas, entediadas, ou tão somente, dispostas a usufruir livremente de sua
cidade. O Monumento ao Dois de Julho, era
também uma fonte, onde as crianças, em momentos lúdicos, molhavam-se com
prazer. Uma delícia! Proporcionada pelos
elementos arquitetônicos presentes: O caramanchão, os planos diferenciados, o
parquinho infantil, e o contemporâneo e suntuoso gradeado, que circundava a Praça.
Quando se adentrava os portões da Praça Dois de Julho, parecia que se entrava
em um outro mundo. O barulho incômodo, e a poluição dos automóveis, não tinham
o poder de tirar-lhe o encantamento. (...)" ângela frança de brito. ssa-ba, 22/11/2012