fonte: google |
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samba!
quando dou minha risada há! há!
samba! when i give my laugh há! há!
“tá bom!”.
existem relatos de descendentes de
dados povos de regiões da áfrica, que tiveram muitos dos seus
enviados pelos europeus como escravos e escravas ao brasil, que,
ainda na atualidade, são chamadas-os de “brasileiras-os” pelos
demais. em verdade, essas pessoas descendem de remanescentes de
africanas-os libertadas-os após o sistema de escravidão ser
definitivamente proibido no brasil, em 1888.
diga-se de passagem, nesse período,
somente pessoas que nasceram fora do brasil, ainda eram mantidas sob
o regime da escravidão. estes eram chamados: “negros”, pois fora
este 'apelido' que europeus servos, denominaram quem não era da
europa, já no século xix, quando inventivava novas formas de
usurpar as terras, e bens de outros povos fora do continente europeu.
no brasil, as pessoas nascidas no país
eram identificadas e se identificavam como: mulatas-os; pretas-os;
brancas-os; mamelucas-os, e demais tipos humanos classificados de
acordo com sua ascendência, inclusive indígena, devido à grande
mestiçagem que caracteriza fundamentalmente a civilização
brasileira. a começar de seu início, ainda nos primórdios do
século xvi, quando os primeiros seres humanos brasileiros nasceram a
partir da união entre “guaibimpará”, que passou a ser conhecida
como, “catarina álvares paraguaçú”, índia tupinambá, e“diogo álvares correia”, apelidado pelo povo tupinambá, daregião do atual estado da bahia, como, “caramurú”.
portanto, causa uma certa surpresa e
tristeza ao povo brasileiro, quando governantes, assessorados por
pequenos grupos com interesse de dominação e lucro, na atualidade,
quer “batizar” o povo brasileiro como: ou, negros, ou brancos.
intento que dificilmente se croncretizará a grosso modo, porque
simplesmente o povo brasileiro sabe exatamente quem é.
nos finais do século xix ocorreu fato
similar, quando pequenos grupos. pensando em manter seu privilégios.
impuseram a ideologia do “branco”, enquanto o governo brasileiro,
da época, impedia por lei, a vinda de pessoas africanas para o
brasil, ao mesmo tempo em que incentivava a larga imigração
europeia e de japoneses para seu território. não lograram êxito no
século subsequente, e, é possível que também não logrem êxito
nesta empreitada “do mal”, no decorrer deste século xxi.
somente o tempo dirá...
pois bem, os “tá bom!” (como se
referiam os antigos africanos, mulheres e homens, que retornaram à
áfrica no século xix, ao povo brasileiro) foram identificados dessa
forma, porque para o humano e alegre povo brasileiro, “qualquer
prazer lhe diverte”. sempre procuram transformar as coisas ruins
em coisas boas, e, isso é o que faz a civilização brasileira ser
deslumbrante. e seu povo, uma nova humanidade.
uma dessas coisas boas criadas pelos
“tá bom!”, o samba de roda da bahia, tem datação inicial
identificada, até o presente momento, a partir de 1860. foi
declarado como patrimônio cultural do brasil em 2004, e como
obra-prima do patrimônio oral e imaterial da humanidade pela unesco
no ano de 2005. tem uma variedade chamado “samba-chula”, o qual,
o mais conhecido vem da vila de são braz, no município de santo
amaro-bahia. uma especie de samba rural, caracterizado pelo canto em
duas vozes, percussão, e o que sensivelmente lhe individualiza, um
instrumento chamado “machete”, também de cunho rural, cujo som
específico e lindo comanda o tempo, o espaço, e a dança, do
samba-chula.
como o samba-de-roda exige sempre mais, e, talvez por isso, as sambadoras e sambadores, em muitas ocasiões gritam: “agora vou até de manhã!”, quando estão no samba, é possível que esse texto tenha continuação. por enquanto, escutem o grupo “samba-chula de são braz”. a frase da música desses caras: “quando dou minha risada, há há” (título do cd de 2009), resume com mestria, o que são de fato, e o que têm de melhor os “tá bom!”.
“tum tum tum bateu na porta, levanta
maria vai ver quem é,
tornou bater, levanta maria vai ver
você...”
(faixa 08 do cd, 'quando dou minha
risada há há')
afe maria! tá bom demais!!! vou até
de manhã!
ângela frança de brito. salvador-bahia-brasil, 15/01/2017