9 de novembro de 2012

N. 5

a obra:”número cinco” de jackson pollock, em estilo expressionista abstrato, caracteriza-se como uma pintura abstrata da escola americana, é nitidamente uma obra contemporânea situável entre as obras das décadas de 40 e 50.
 
na obra, as cores primárias destacam-se em tons puros; tons secundários e terceários; de vermelhos, róseos azuis e cinzas. os traços são riscados originalmente com a própria tinta sobre o suporte; o que dá à pintura ritmos diferenciados, ressaltando a expressividade da composição, de onde confluem “riscos” multidirecionados, dando-lhe uma certa tensão ritmíca. ao mesmo tempo em que as camadas mais grossas do médium, em: tons azuis nas áreas central e de entrada; e tons rosas nas áreas de entrada, de leveza, peso e margem direita, estabelecem uma certa “contradição” pictórica, que conforma ao mesmo tempo, ritmo e harmonia, os quais, redimensionam o espaço.

as cores puras são evidenciadas em primeiro plano, em tons de grande, à média intensidade, auxiliadas pela depuração dos vermelhos, amarelos e azuis, dando articulação ao espaço, em constante avanço e recuo, estabelecendo uma paradoxal: “serena” vibração espacial, através do contraste entre o claro __dos tons azuis e róseos__ e o escuro __dos tons vermelhos e azuis.

nessa obra, a volumetria apenas se estabelece, à medida em que aos planos é dado tratamento conjunto, constituido de margens comuns, evidenciadas por cores depuradas. vê-se no primeiro plano, riscos amarelos nas diversas áreas de percepção geométrica. a partir do segundo plano, existem a confluência de cores secundárias e tons depurados, principalmente azuis e cinzas, “percorrendo” os demais planos estabelecidos pela camada de azul escuro, e o plano marginal estabelecido pela tonalidade rósea, equilibrada pelo preto e o branco.

nessa obra, a forma está inserida na condição subjetiva do inconsciente, reclamada pela arte abstrata, cabendo ao espectador intepretá-la como melhor aprouver à sua condição emocional, à medida do desenvolvimento de sua sensibilidade.     (fragmento de trabalho autoral apresentado na disciplina, história da arte contemporânea; escola de belas artes da universidade federal da bahia, ano 1999), ângela frança de brito, ssa-ba, 09/11/2012